Descobrir nódulos na tireoide é uma situação cada vez mais comum.
Estima-se que até 50% das pessoas terão alguma alteração (cistos ou nódulos) ao ultrassom de tireoide.
Em uma época da história onde a medicina dispunha apenas do tato para avaliar esse órgão, localizado no centro do pescoço, os nódulos eram notados apenas quando seu tamanho já era considerável.
Porém, muito mudou com a popularização do ultrassom. Sem nenhum sintoma, pacientes jovens passaram a ser informados da presença de cistos ou nódulos em suas tireoides.
Os nódulos nessa glândula podem não causar sintomas. Quando ainda estão pequenos, podem ser notados pela primeira vez apenas durante um exame de imagem ou exame físico feito por algum profissional de saúde.
Nossa preocupação em relação aos nódulos se deve à possibilidade deles serem nódulos malignos, um câncer na tireoide. Em casos avançados podemos observar:
Outros sintomas podem surgir, mas estão muito mais relacionados com alteração na produção dos hormônios tireoideanos do que com os nódulos em sim, como veremos abaixo.
A tireoide é um órgão complexo e realiza a produção de hormônios essenciais para o funcionamento adequado de todo o organismo. A diminuição nessa produção (hipotireoidismo) ou o excesso (hipertireoidismo) pode ter ou não relação com a presença dos nódulos. Essa condições são definidas como:
Dentre os sintomas podemos ver:
Para avaliar quais entre as muitas doenças que acometem a tireóide podem estar envolvidas, o médico especialista irá solicitar vários exames. Dosaremos hormônios e anticorpos no sangue e avaliaremos a glândula com imagens como o ultrassom ou a cintilografia de tireoide.
O ultrassom é o exame mais completo para avaliar nódulos na tireoide.
O conjunto de todas essas informações nos permite saber qual o próximo passo:
Nódulos malignos ou com suspeita de malignidade serão tratados com cirurgia. Tireoide grandes, os chamados bócios, também serão retiradas cirurgicamente devido ao quanto o o volume aumentado pode dificultar engolir, falar, respirar e movimentar o pescoço.
Dentre as cirurgias possíveis, podemos citar:
A extensão da cirurgiaserá definida caso a caso pelo Cirurgião de Cabeça e Pescoço, baseado nas várias informações que descrevemos acima.
Se o nódulo for benigno, a cirurgia continua sendo uma opção. Porém, nestes casos, há a possibilidade de técnicas minimamente invasivas, como a radioablação de nódulos tireoidianos. Essa técnica permite abordar os nódulos sem cicatriz visível, preservando a glândula e, principalmente, a sua importante função na produção dos hormônios. Realizada sob sedação (sem anestesia geral), o paciente recebe alta no mesmo dia. A avaliação quanto à viabilidade dessa abordagem para cada paciente é avaliada pelo especialista.